Música, figurino, a performance dos atores, os conflitos e o realismo das cidades cenográficas transportam o espectador em instantes.

São cenários, casas, praças, templos cuidadosamente projetados e construídos para encantar os olhos.

As cidades cenográficas, componente essencial da apresentação, oferecem um show à parte.

Depositárias de sonhos, em muitos casos as construções provisórias acabam despertando o desejo de torná-las permanentes.

Conheça 4 cidades cenográficas que fazem parte da história da arte nacional.

 4 cidades cenográficas e muitas histórias

1.Ventura

Ventura ocupou 6 mil m² do complexo do Projac, foi coordenada por José Cláudio Ferreira e Eliane Heringer. 

Foi inspirada em cidades como Canela e Gramado e herdaram características da arquitetura europeia no processo de colonização do Sul.

Um casarão antigo, a fábrica de chocolates, em tijolinhos, de estilo inglês dos primórdios do século XX polarizava a história.

Havia um hotel de fachada germânica inspirada no hotel Quitandinha de Petrópolis, RJ, cujo o interior remetia ao estilo Francês.

Vários detalhes deram vida a cidade fictícia de Ventura:

  • O rio;
  • A praça;
  • A estufa;
  • Os jardins.

Um nome bastante sugestivo para uma cidade que incluía uma igreja, é claro, inspirada na catedral de Nova Trento, SC.

A mansão onde a viuvinha era vista à janela seduzia completamente o telespectador.

O sítio do subúrbio carioca foi usado também em A Muralha (2000) e A Casa das Sete Mulheres (2003).

2.Santa Fé

Santa Fé, é uma cidade cenográfica próxima a Bagé, RS, construída para “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo. 

O filme eternizou essa cidade fictícia. 17 edificações formam o complexo cenográfico de estilo colonial ocupando 10 mil m².

Casas, sobrados, igreja e um cemitério foram construídos com compensado, OSB, que lamentavelmente são vulneráveis ao tempo e ao vento.

3.Nova Jerusalém

Situada nas proximidades de Brejo da Madre de Deus, Nova Jerusalém é um patrimônio cenográfico, cuja história remonta a 1968. 

Naquele ano, os espetáculos da Paixão de Cristo começaram a ser encenados.

Atrai turistas do país inteiro e vira um palco vivo na recriação da  história da vida, morte e ressurreição de Jesus.

O espetáculo ao vivo movimenta a economia local e coloca a região na Agenda de Eventos Nacionais com muita propriedade.

Se não puder visitar Pernambuco, para assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo você pode ir a várias cidades brasileiras.

No interior de São Paulo, Piracicaba exibe seu espetáculo há 30 anos em um cenário permanente. O que tornou o local bastante emblemático.

Atravessando a ponte, do outro lado do rio você entra no Engenho Central, como quem acessa uma pararrealidade.

3.Bairro do Passeio

A novela Amor de Mãe, 2019, trouxe uma novidade: o MG4, com uma área de 26 mil m². Um cenário preparado para se tornar permanente.

Trata-se de um novo conceito de produção em teledramaturgia, em cenários fixos. 

Isso possibilita direção e fotografia mais ousadas e mais profundidade nas tomadas de câmeras. 

O pensamento coletivo é que isso pode gerar mais realismo às cenas.

Além de restaurantes, fábricas têxteis, feira de cultura nordestina, a Linha Vermelha e um galpão de reciclagem, inclui um viaduto.

Conclusão                                                 

As pesquisas e criatividade conferem uma riqueza de detalhes impressionante às cidades cenográficas

O espetáculo é tamanho que o espectador precisa se esforçar para lembrar que está diante de uma encenação.

Todos os recursos de arquitetura e engenharia são postos a serviço da arte. 

As cidades cenográficas ajudam os atores incorporarem os personagens e o público a apreciar a trama.     

O grupo NADD está atento às funções pragmáticas, artísticas e a função social da arquitetura.

Conte conosco para transformar suas ideias em lindos projetos. 

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